domingo, 17 de março de 2013

O Mito do Mampituba Ético






Existe uma terra no extremo austral do Brasil chamada Rio Grande do Sul.

Nestes pagos é cultivado o mito que  é simbolizado pelos seguintes bordões:


a) Nos somos os melhores.

b) Nos somos diferentes.

c) Esta terra tem dono.

d) O gaúcho é um povo serio.

e) Nós somos um povo ético e moral.



Assim como Nietzsche demoliu a marteladas o racionalismo de Hegel, pretendo destruir o Sonho Dogmático do Mampituba Ético. Acordando o povo rio grandense com pesadelos de realidade:




                            I) Da Crítica Corporativa:







Se a crítica fosse crítica e não fosse ideologizada e estabelecesse uma posição independente - das relações  de familiaridade ou de subordinação ao Status Quo - os rio grandenses já teriam acordado do sonho dogmático. O que a Mídia Corporativa Tradicional Gaucha chama de Liberdade de Expressão pode ser traduzida por ditado controlado do patrão e do poder econômico. As relações de  amizades dos profissionais com o círculo do poder e seus apaniguados gera uma distorção hercúlea entre os fatos e o que a sumidade dos generalistas noticiam ou opinam.

Um dos cultuadores mito do Mampituba Ético é um Senador Pampeano que vive  o eterno Sonho, enquanto seus  conterrâneos dividem o butim. O Sêneca dos Pampas é um Torquemada quando atravessa o Mampituba (Rubicão dos Gaúchos), levanta seu dedo acusatório e cospe denuncias como uma metralhadora giratória, mas basta pisar na margem sulina do Rubicão para se sentir um Serafim entre seus pares de Querubins.

O Núcleo duro do Sonho Metafísico Ético é prestigiado pelos  midiáticos corporativos, entretanto  embaixo dos narizes dos escrevinhadores  se compram votos, futebol e política são misturados de forma indecente, fraudes são cometidas nos órgãos públicos, clientelismo e voto a cabresto se multiplicam; mas se os celerados que cometem estes delitos são da turma, não tem problema, eles tem olhos de mercadores. Agora, se alguém da esquerda ou que não for de suas relações ou do Status Quo, ousar cometer qualquer delito, que se preparem, pois as toneladas das leis e o impacto das manchetes dos Tabloidãos Gaúchos irão exercer um auto-de-fé.

Jornalistas dos principais Grupos Corporativos da pátria mampitubense chegam a ser folclóricos, só tem olhos para ver fraudes, crimes, desvios do dinheiro público quando se dão ou são denunciados por seus colegas da margem norte do Rubicão. Contudo, se houver qualquer suspeita sobre algum conterrâneo que eles tenham algum desafeto, ou seja, fora dos círculos do poder tradicional, o pobre vivente que se prepare pois será julgado pelos parciais profissionais da imprensa riograndense por meio de seus veículos. Uma inquisição será iniciada e muitos serão queimados por fogueiras acendidas com o fogo dos interesses econômicos e do combustível ideológico.





                                  II) Do Mito Farroupilha:







No povo simples do interior e da capital foi impregnado a farsa do Mito do Gaúcho e da Revolução Farroupilha, que segundo os documentos e vários historiadores foi uma falácia de estancieiros escravistas, que além de perderem a guerra traíram os seus escravos aos quais haviam prometido liberdade, alforria caso lutassem ao seu lado, mas  entregaram suas cabeças em bandejas às tropas federais.

Há uma industria midiática e política que se beneficia deste mito. Aproveitam-se da ingenuidade da população mais pueril e aliam consumo com cabresto politico. Nesta parcela populacional enchem os cérebros de alienação com os bordões em tela, que nem os pastores das igrejas evangélicas quadrangulares conseguem impor em suas ovelhas tamanha coisificação. Se Karl Marx fosse nosso conterrâneo e coetâneo diria: "O mito do Gaúcho é o ópio do povo rio grandense".

Interessante coincidência entre o primórdio da decadência do PIB gaúcho e a criação do Mito Farroupilha. Não só economicamente, mas também no nível de Educação, de Politização, do surgimento de Figuras de Expressão Nacional.

Nas décadas de 40/50 foi iniciada a construção, a fabricação  simbólica da epopeia da revolução farroupilha, nesta época o Rio Grande do Sul era a segunda economia do Brasil, era chamado o celeiro do país. Coincidentemente, a partir desta data o Pampa começou a decair e mais acentuadamente quando os imigrantes italianos, alemães, poloneses e outros aderiram a esta pseudo-cultura.





  III) Decadência causada pelo excesso de lipídios nos neurônios:





 
Há estudos que comprovam que uma das principais causas da decadência do Império Romano foi a contaminação dos cérebros de sua população com estanho e chumbo; consequência do costume de tomar vinho em taças deste material que em contato com a alcalinidade do vinho se misturava  a bebida e se acumulava nos neurônios, mais acentuadamente na classe dirigente.

Há um paralelo com o caso da decadência gaucha, pois, justamente , a partir do mito que os antepassados do pampa se alimentavam exclusivamente com carne - o costume fabricado foi inserido  e teve como corolário  o gaúcho se tornando um carnívoro.  O consumo de carne gorda, a exaltação do churrasco que inclusive é regulado por lei - festejada com pompa e circunstância na Casa Legislativa do povo - foi processado ao longo destes sessenta anos  de   farsa chamada Revolução Farroupilha. O resultado foi um acumulo de lipídios em torno dos neurônios e axionios, formando uma capa de gordura que impede a totalidade de conexões necessárias para um desenvolvimento do conhecimento, da educação, enfim, do pensar correto.

Os dados não mentem e mostram que não é só coincidência. Estudos científicos comprovam que o consumo exagerado de gorduras influi no raciocínio. O cérebro torna-se pouco dinâmico, há uma tendencia de evocar o passado, de voltar a primitividade do mito, do tabu, de privilégios - apontam pesquisas; basta pegar os dados econômicos, de educação, de inovação, de IDH, de criatividade, de surgimento de lideres e comprovar a decadência progressiva ao longo dos últimos sessenta anos...



SIGNIFICADO DA PALAVRA MAMPITUBA - Rio de muitos Bagres.